quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - J





JARRY, Alfred (1873-1907)


Poeta, novelista e dramaturgo francês, muito influenciado pelo simbolismo de Mallarmé, Verlaine e Rimbaud. Seu espírito lúdico, humor negro e gosto por extravagâncias idiomáticas o converteram em precursor dos surrealistas. O maior êxito de Jarry foi Ubu rei, caricatura cruel e grotesca do burguês, encenada pela primeira vez por Lugné-Poe no Théâtre de l’Ouvre. A cenografia levava a assinatura do próprio Jarry em parceria com Pier Bonnard, Toulouse-Lautrec e outros pintores. A crítica da sociedade burguesa, a liberdade rabelesiana da linguagem e o caráter inusitado da obra, concebida inicialmente para marionetes, gerou um escândalo tão grande que o espetáculo foi retirado de cartaz no segundo dia. Ubu rei influenciou profundamente todo o movimento teatral posterior. A visão grotesca e excêntrica da realidade também estão presentes nas novelas Le surmâle e Gestes et opinions du Dr. Faustroll, onde Jarry expõe suas teorias sobre a “Patafísica ou ciência das soluções imaginárias”, raiz do Teatro do Absurdo.


JONSON, Ben (1572-1637)


Autor dramático inglês, contemporâneo de Shakespeare , foi um dos mais significativos dramaturgos do teatro elisabetano. Admirador dos autores clássicos, especialmente latinos, escreveu comédias (Volpone, The staple of news, The alchemist, Bartholomew fair, The devil is an ass) e tragédias (Sejanus e Catiline). Nestas últimas, de forte veia moralista, o autor critica os aspectos negativos dos ideais individualistas do Renascimento: a ambição do poder, de riqueza etc. Seu conceito moralista e clássico da comédia está presente, sobretudo, em suas obras-primas Volpone e The alchemist, nas quais evidencia grande sensibilidade para perceber os problemas de sua época e os gostos do público, que se viam refletidos num tipo de teatro eminentemente popular.


JOUVET, Louis (1887-1951)


Ator e diretor francês, uma das personalidades mais importantes do teatro entre as duas grandes guerras. Discípulo de Copeau, o acompanhou aos Estados Unidos como ator e diretor. Em 1922 criou sua própria companhia - Comédie des Champs Elysées - e obteve grande êxito com Knock. A maior influência sobre sua concepção de teatro veio de sua colaboração com Giradoux, de quem dirigiu todas as obras. Seu estilo controlado, reduzido ao essencial, era sublinhado por uma cenografia estilizada. Também dirigiu, sempre com sucesso, inúmeros textos de Molière, como Don Juan e Tartufo.


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